quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Os Nerds invadem a música Pop e as Popstars invadem a selva.


Ou A Vingança dos Nerds.




Houve um tempo em que aqueles jovens mais estudiosos ou que se interessavam mais por certos assuntos, eram considerados uncool e totalmente fora de moda. Claro que isso ainda acontece hoje em dia (e se chama adolescência) e sempre acontecerá. Mas, o fenômeno que notei foi que os nerds hoje em dia ao invés de montarem uma banda de rock de garagem (e chamá-la de Weezer), estão criando música de estilo popzão e até mesmo "brega". E tudo isso com uma certa irreverência, utilizando-se de elementos do rap e hip hop. É como se dissessem: "Viram? A gente conseguiu entrar na balada e tá abalando geral". Sim, mais brega que isso não pode ficar. Mas que é divertido, ah isso é. Eu acho que até já falei isso em algum post anterior aqui no blog. Aprecio muito o brega, pois é preciso muita atitude, pra ter coragem de se expor assim.

Um bom exemplo, são os integrantes do grupo Far East Movement, descendentes de coreanos que moram em Los Angeles. Eles pegaram um trecho da música da DEV (outro bom exemplo), colocaram uma loop arrasa quarteirão e claro, acrescentaram o batidão. Pronto. Eis o hit da temporada, com direito a inserção em um episódio de Gossip Girl.

Far East Movement - Like A G6 ft. The Cataracs, DEV.


Mas talvez um dos precursores desse "movimento" seja o líder do Cobra Starship. Podemos dizer que é a banda de um homem só, tendo feito a música tema pro filme DO CARA Samuel L. Jackson, Snakes on a Plane. Mais Nerd que isso não pode ficar. Mas sim, ele conseguiu: fez a música tema do verão americano do ano passado: Good Girls Gone Bad. Tendo uma das protagonistas do mesmo seriado, como dupla. É como se os nerds dissessem "Sim, eu sei que você é a garota mais popular da escola, mas mesmo assim você quer ficar comigo". Tudo isso com muito bom humor, claro.



Outra coisa que chamou minha atenção é o tema Selva recorrente em videoclipes de cantoras pop. A novata Nicki Minaj, que tem seu álbum sendo lançado mês que vem, utilizou-se muito bem do tema, no vídeo de Massive Attack, o que acabou realçando seus ã... "atributos" muito bem. Veja o clipe aqui. Adoro os soldados zumbis! A batida da música me é familiar... mas vamos passar pra próxima: Kelis. A cantora nova yorkina que os ingleses adoram, utiliza-se bem desse cenário selvagem. Em Acapella, lançada em fevereiro deste ano, ainda temos uma surpresa final, que faz qualquer garota soltar um Aawww. Veja o clipe aqui.

Mas daí você vai dizer: mas essas gurias não tão fazendo nada novo. Só tão imitando o clipe de Love Lockdown do Kanye West, lançado em setembro de 2008.

E então eu direi que não, pois na verdade quem inspirou toda essa galera, inclusive o Kanye, foi o clipe de Earth Intruders da Björk, lançado em Maio de 2007.


Quando ela lança um álbum, vem um monte de gente e diz "essa mulher é louca!", "o que ela quer dizer?". Mas o tempo passa e os respingos daquela loucura vem parar na música pop. Inclusive nas batidas "molhadas" de Massive Attack, conforme me recordei antes.

Ah, eu já falei pra vocês que a Björk só ficava a fim de carinhas nerds no colégio?


domingo, 22 de agosto de 2010

À procura de boas canções.




Ou A importância do Autor.

Sempre que ouço uma música que me chama atenção, eu procuro saber quem a compôs. Às vezes, é o próprio artista quem a escreveu. Na maioria das vezes não é. Principalmente no mundo atual da industrialização de artistas.
Lembrando, eu não possuo preconceitos musicais de gêneros e estilos. Se a música é boa, vai soar legal tanto em forró quanto em um heavy metal (vide a canção Umbrella e as músicas sertanejas da banda Hardneja).
Existem músicas pop que me cativam e acabo descobrindo seus autores. Exemplos: The Climb, Breakway e When I look at You. Para minha surpresa, é quase sempre o mesmo time de compositores: Matthew Gerrard, Bridget Benenate, Jessi Alexander e Jon Mabe. Sim, são músicas de guriazinha, pop comercial. Mas para bom entendedor de música, ou pelo menos de composição, meia melodia bem feita basta, para essas canções se sobressaírem das outras que tocam no rádio. Principalmente os plágios da família Restart. Fico fascinada com esses compositores estrangeiros, que conseguem produzir canções tão significativas e, por que não, bonitas, em um curto espaço de tempo. Enquanto isso, aqui no Brasil, Fresno e afins, passam um álbum inteiro com canções arrastadas com letras escritas no guardanapo de bar pra aliviar a consciência do seu autor, em forma de terapia. E que muitas vezes, não dizem nada de significante. Quer falar de coração partido? Fala. Quer fazer uma música dor de cotovelo/corno? Faz. Mas pelo menos bota uma melodia legal em cima. Por isso não fico admirada quando a maioria das pessoas recorre aos sons de outros países. Eles estão mais avançados nessas técnicas de composição. Muita vezes, pra mostrar que sabem tocar instrumentos, a gurizada de bandas compõem suas próprias músicas, mas isso não quer dizer que sejam compositores. E por isso muitas músicas são fracas. É preciso bons compositores para termos boas músicas. Claro que, não concordo com essa produção em massa dos EUA. Eles tem profissionais do ramo, ao dispor pra colocar qualquer artista novo no mercado, com músicas inéditas. Mas devemos concordar que eles estão mais preparados pra isso do que os nossos nacionais.

Acredito que uma das razões das melodias brasileiras serem tão pobres hoje em dia é a necessidade de dizer algo com palavras. É a síndrome do samba enredo: falar do maior número de coisas que entrem no enredo do ano. E a melodia? “A gente pensa nisso depois.” “Ah, a melodia é a mesma de sempre né?” Só muda a letra. Claro que existem exceções de samba enredo, como “É hoje o dia de alegria”. Boas composições iniciam com a melodia. Se a letra vai encaixar é problema seu, te puxa na métrica ou então faz da instrumentalização ou vocalização um diferencial, pois vai ser a melodia que vai dizer a que sua música veio.




E pra não dizer que eu só admiro as músicas comerciais, recentemente conheci um bom exemplo de talento e originalidade em uma banda. Glasvegas é da Escócia e o vocalista preserva seu sotaque nas letras das canções. Podemos dizer que é um estilo emo misturado com rockinhos dos anos 50. Mas ouvindo, você sente que é tem algo a mais. Eu imagino que quando alguma banda brasileira dessa safra emo, quer escrever uma canção com final épico ela gostaria de escrever uma canção como Flowers and Footballs Tops. Mas não consegue. Nas letras, os brasileiros sempre são os traídos. No caso de It’s my Own Cheating Heart that Makes me Cry, é o próprio cantor de Glasgow admitindo que ele é um mentiroso que trai a namorada, mas de um modo tocante. Vocês acham que o Fiuk teria essa coragem? A música pra colocar a moral da outra pessoa pra cima do Glasvegas é Geraldine e para deixar bem claro, ela diz que será sua assistente social. Que banda brasileira teria essa idéia? Digam-me! Não sou contra a música nacional, mas ultimamente tem sido difícil se encantar com algo daqui.

Talvez, ao invés de investirem milhões em programas de TV a procura do novo “Ídolo” brasileiro, os empresários do ramo, deveriam criar um reality show em busca de novos talentos na composição musical.

E pra fechar, eu gostaria que os artistas brasileiros fizessem músicas assim:



sábado, 17 de abril de 2010

A tendência da Volta.


Nada melhor para um blog que está voltando, do que um post sobre acessórios de moda e estilos que estão de volta às mentes dos fashionistas.



Sempre amei os óculos que a diva mór Audrey Hepburn usou em Bonequinha de Luxo. É um Ray-Ban Wayfarer dos anos 60, com a lente um pouco maior do que esses coloridos que estão sendo usados por todos, desde banda emo fabricada à celebridades pseudo moderninhas. O que me encanta são os cantos puxados, um verdadeiro chalme! Nesse meu afã de procurar esse modelo, descobri ano passado que ele não é mais produzido. Qual não é a minha surpresa quando me deparo com esta matéria do site Terra. Os óculos gatinho estão de volta, versão gatona!


Este é da Balenciaga. Quero um, please!!!


Gente coisa é outra chique!

Opressão contra as mulheres? Modelo estético impossível? Não sei, só sei que o espartilho está de volta no imaginário da moda.



Eu particularmente acho muito bonito, desde que não machuque ninguém, ok? E se formos pensar, é muito mais elegante um espartilho, do que essas calças de cintura baixa, deformando nossas barrigas com pneuzinhos sobressalentes.
As fotos e modelos de corsets deste post, vieram diretamente do site da Madame Sher (sem merchan, ok?), onde você aprende a tirar suas medidas e pode encomendar um modelo exclusivo. O mais legal, é que isso prova o que eu penso há muito tempo: a moda de vestuário deveria voltar a ser sob medida, pois as pessoas não podem ser medidas e separadas por letras ou números padrões.








O que também andou chamando minha atenção, foram as sobencelhas bem marcadas usadas pela Lady Gaga (estilo Madonna na Blonde Ambition Tour) em seu último videoclipe, Telephone. Acho muito bonito, pois emoldura muito mais o olhar. Rihanna e Katy precisam aprender com a Gagaloo, pois além de pintarem o cabelo de preto, deveriam dar atenção às suas sobrancelhas apagadas.



Quando venho escrever estes posts, eu "viajo" em várias coisas que poderia encaixar. Bom, para quem já me conhece, sabe que eu adoro relacionar tudo com a Björk. Então, pra quem não sabe, o último álbum dela chama-se... Volta!

Para então provar pra vocês como o retorno está em voga, vejam o ganhador do BBB deste ano. Ele voltou e ganhou.